Conferência apresentada ao Grupo ERA (Estudos Retórico-Argumentativos) no dia 16 de junho de 2021.
Apresento nesta comunicação aquilo que, do ponto de vista filosófico e teórico, considero serem as posições mais apropriadas para pensar o logos de um ponto de vista retórico (ou seja, a racionalidade retórico-argumentativa). Essas posições são o perspetivismo e o discutibilismo. Sugerirei também que a racionalidade retórico-argumentativa tem o seu fundamento no pathos enquanto condição da convivencialidade e da sociabilidade humanas, o que desloca a retórica da esfera da certeza para a da confiança e traz a primeiro plano as questões do reconhecimento e da consideração do outro, do assentimento e da coexistência social.
Partindo da ideia de que a afirmação da objetividade é sempre produto de estratégias de objetivação, propõe-se neste texto caracterizar e assinalar a importância dos «estreitamentos focais» como um tipo de estratégia argumentativa mas, também, como uma forma de exercício de poder. Por outro lado — e à luz da noção de «estreitamento focal»— retomaremos a questão da articulação entre argumentação e demonstração, focando-nos na forma como acontece a construção argumentativa da demonstração. A interrogação final incide sobre o significado e as consequências sociais da valorização pragmática do demonstrativo enquanto dispositivo de poder e dominação.
Abordam-se dois tópicos polémicos no campo de estudos da linguagem: o de que a linguagem é inerentemente retórica e o das relações entre análise do discurso, retórica e argumentação. Explicitam-se as características da retoricidade da linguagem e propõe-se um caminho para clarificar em que medida a análise do discurso, a retórica e a argumentação se interligam. As reflexões apresentadas têm como pano fundo a articulação entre linguagem e condição humana.
O presente ensaio consiste numa tentativa de pensar a questão do ensino da argumentação assinalando, por um lado, aquilo que considero serem as bases filosóficas da atividade argumentativa e, por outro, a relação que se estabelece entre formas diferentes de conceber a argumentação e a dimensão prática que isso repercute em sala de aula. Procurarei identificar aquilo que me parecem ser as práticas pedagógicas mais generalizadas, decorrentes quer de visões restritas da argumentação, quer de concepções alargadas da argumentação, e proporei uma sugestão que vai ao encontro da concepção que desenvolvi e designei como “a argumentação na interação”.
Petite-fille de Chaïm et Fela Perelman, Olivia Mattis-Perelman vit actuellement à New York. Elle se souvient de ses grands-parents, et montre quelques pièces d'archives familiales.
0:00 Présentation d’Olivia Mattis ; 0:33 La fondation Sousa Mendes, présidée par Olivia Mattis ; 2:02 La relation d’Olivia Mattis avec sa famille maternelle ; 2:55 La décision de transférer les archives privées des Perelman à Washington ; 4:05 Souvenirs d’Olivia Mattis à propos de son grand-père Chaïm Perelman ; 6:07 Sur sa grand-mère Fela ; 7:21 La vie sociale des Perelman ; 7:48 Les liens entre la fondation Sousa Mendes et les Perelman ; la résistance durant la seconde guerre mondiale ; 13:30 L’action de Fela Perelman pendant et après la guerre ; 16:55 L’attachement de Chaïm Perelman à la Belgique ; 17:59 Les Perelman et l’art ; 20:12 La part prise par Lucie Olbrechts-Tyteca dans la rédaction du Traité de l’argumentation ; 22:31 Le rapport des Perelman au judaïsme ; 26:21 Quelques photographies familiales commentées par Olivia Mattis ; 30:58 Une prise de position de Chaïm Perelman quant au sauvetage des Juifs en Belgique durant la seconde guerre mondiale ; 33:49 À propos des liens entre la vie et la pensée de Chaïm Perelman ; 35:57 L’influence de Fela Perelman sur la pensée de Chaïm.
Vídeo da conferência proferida na terceira edição do Seminário Internacional de Estudos sobre Discurso e Argumentação - SEDiAr, realizado Universidade Federal de Sergipe, Brasil, entre 30 de maio e 3 de junho de 2016.
Conteúdo da conferência que foi proferida na terceira edição do Seminário Internacional de Estudos sobre Discurso e Argumentação - SEDiAr, realizado Universidade Federal de Sergipe, Brasil, entre 30 de maio e 3 de junho de 2016 (o vídeo presencial da conderência pode ser encontrado acima)..
Videoconferência subordinada ao tema «Reflexões sobre o ensino da argumentação», realizada no dia 24 de Fevereiro de 2016, no contexto de um seminário de alunos de graduação e pós-graduação participantes no G.P.A.R.A. Grupo de Pesquisas em Argumentação e Retórica Aplicadas, liderado pela Professora Doutora Isabel. C. M. Azevedo da Universidade Federal de Sergipe, Brasil.
Conferência proferida na segunda edição do Seminário de Estudos sobre Discurso e Argumentação - SEDiAr, realizado na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais, nos dias 05. 06 e 07 de novembro de 2014.
Conferência proferida Faculdade de Ciências Humanas e Sociais de Universidade Nova de Lisboa
Conferência feita no âmbito da segunda edição do Seminário de Estudos sobre Discurso e Argumentação - SEDiAr, realizado na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais, nos dias 05. 06 e 07 de novembro de 2014.
Trois grands moments marquent la rhétorique dès ses origines. Le moment platonicien qui insiste sur le rôle de l’auditoire (manipulation des esprits) ; le moment aristotélicien qui met l’accent sur le raisonnement et le langage ; le moment cicéronien qui fait partir l’usage rhétorique dans la crédibilité et la vertu de l’orateur, (souvent liée, pour les Romains, à sa place dans la hiérarchie sociale). Respectivement, ces trois dimensions ont défini à jamais le rôle du pathos, du logos et de l’ethos en rhétorique. Comment définir celle-ci aujourd’hui pour inclure tous ces points de vue ? C’est là le rôle (et l’attrait) d’une approche centrée sur les questions à affronter comme mesure de la distance entre les individus. La rhétorique a pour objet de la négocier. L’aspect unificateur du questionnement permet de structurer le pathos, le logos et l’ethos, c’est-à-dire autrui, le monde et le soi, au sein d’une conception qui intègre toutes les définitions de la rhétorique données par le passé.
Il s’agit d’envisager les techniques de persuasion et le rapport au langage figuré, avec, en filigrane, la question essentielle suivante : l’unité de la rhétorique est-elle possible ? Traditionnellement, la rhétorique des conflits s’oppose à la rhétorique des figures, la persuasion à la conviction, la rhétorique littéraire à la logique juridique, en un mot, la rhétorique à l’argumentation. Examinons comment fonctionnent ces deux domaines à travers la nature du langage, le fonctionnement des arguments, le rôle des lieux et des figures, dans le langage littéraire comme dans celui de tous les jours.
C’est ici que l’on voit comment se déploient les valeurs au sein des groupes sociaux et entre les groupes sociaux. Peut-on parler d’une nouvelle logique des valeurs et de la négociation de leur décalage, voire de leurs oppositions ? La notion de distance sociale et celle de distance psychologique (émotion) sont cruciales. Peut-on parler à nouveau de valeurs sans que cela apparaisse rétrograde ou conservateur ?
Mais là où la notion de distance est la plus inattendue, et à la fois la plus traditionnelle, c’est en morale. La mauvaise et la bonne conscience, l’émotion et la règle s’inscrivent comme des notions rhétoriques car elles régulent l’approbation morale. Les principes de la morale sont des principes qui justifient la distance entre les êtres, que ce soit pour la compenser (égalité, justice) ou au contraire, pour l’affirmer et la protéger (liberté).
The UO held an international conference on The Promise of Reason to commemorate the 50th anniversary of the influential book The New Rhetoric by Chaim Perelman and Lucie Olbrechts-Tyteca. In this banquet address delivered on May 17, 2008, "Chaim Perelman: A Life Well-Lived," Perelman's daughter Noemi Mattis offers an oral history describing Perelman's life and experiences in the Belgian underground during WWII, his work with Olbrechts-Tyteca, and how these influenced his philosophy of argumentation.
David Zarefsky, Professor of Communications at Northwestern University and Visiting Professor in the English Department at Harvard last year, reflects on the role speaking plays in education.
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